Quando foi apresentado o computador de 100 dólares, a reação dos governantes foi depuro entusiasmo, Lula determinou a criação de um grupo de trabalho que deveriaestabelecer um plano de ação "dentro de 29 dias, não 30", mas alguns anos depoispouco foi efetivamente feito.Os educadores e pesquisadores envolvidos na iniciativa Um Computador por Aluno, ousimplesmente UCA, como foi batizado o projeto do governo federal para distribuirequipamentos de informática em escolas públicas de todo o país, têm convicçãoinabalável de que o esforço vale a pena. Para eles, recursos tecnológicoscorretamente empregados podem, sim, melhorar muito as aulas dos ensinos Médio eFundamental. O problema é que, desde o encontro de Lula e Negroponte, essa pareceser a única certeza que aflorou no governo. Ninguém sabe dizer quem distribuirá asmáquinas, oferecerá suporte técnico e treinará os professores. Também não foideterminado qual será o equipamento utilizado nem a quantidade a ser encomendada,muito menos quando a iniciativa vai sair do papel.Ou seja ainda não é possível calcular por quanto saíria o projeto. Se o computadorsaisse hoje por 140 dolares, encomendar 1 milhão de unidades, número que já foiventilado em Brasília, exigiria bem mais que 140 milhões de dólares. O preço deaquisição das máquinas é apenas uma parte dos custos.É preciso fazer com que os equipamentos cheguem a seu destino, sejam instalados econectados à internet e recebam assistência técnica. Também é de imaginar que umaporcentagem quebrará e outro tanto será furtado. Esses laptops terão de serrepostos, mas seria uma reposição de 3% ou 30% ao ano? Não se sabe. "Estamos commuitas variáveis em aberto", diz Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência eprincipal responsável pelo UCA. "Precisamos ter prudência. É um projeto que está nafronteira tecnológica e pedagógica, que nunca foi testado em lugar nenhum."Obs.: Parte deste texto foi extraído do http://portalexame.abril.com.br/
Post de Férias
Há 14 anos
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